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Trigo atinge máxima de uma semana com tensões no Mar Negro; soja cai com safra do Brasil

Os contratos futuros de trigo negociados na bolsa de Chicago subiram nesta terça-feira pela terceira sessão consecutiva, estabelecendo uma máxima em uma semana, devido aos temores de uma escalada da guerra na região do Mar Negro, com o aumento das tensões entre Moscou e Washington em relação à Ucrânia, segundo traders.

O trigo (WH25) fechou em alta de 2 centavos, a 5,6775 dólares por bushel, reduzindo os ganhos depois de atingir 5,7575 dólares, o valor mais alto desde 12 de novembro.

Os futuros do trigo dos EUA subiram depois que a Ucrânia usou mísseis de longo alcance dos EUA para atacar o território russo, aproveitando a permissão recém-concedida pelo governo Biden, que está deixando o cargo.

Os movimentos aumentaram os temores de ataques em bloco à infraestrutura de exportação de grãos, disseram os analistas.

Enquanto isso, a colheita de trigo da Ucrânia pode aumentar para até 25 milhões de toneladas métricas no próximo ano, em comparação com os 22 milhões de toneladas esperados para este ano, graças a uma área de semeadura maior, disse uma autoridade agrícola à Reuters.

Já os futuros de soja fecharam em baixa na terça-feira, com o contrato de referência ZS1! caindo abaixo de 10 dólares o bushel, já que o clima favorável no Brasil reforçou as expectativas de uma safra enorme no maior produtor do mundo, disseram os traders.

O contrato janeiro (SF24) fechou em baixa de 11,25 centavos, a 9,985 dólares por bushel.

A Abiove projetou a colheita do Brasil em 167,7 milhões de toneladas, um volume que deve elevar as exportações de soja e o processamento doméstico a recordes, disse a associação do setor.

O milho terminou em baixa na esteira da fraqueza da soja. O contrato dezembro (CZ24) caiu 2 centavos, a 4,275 dólares por bushel.

(Reportagem de Julie Ingwersen)

((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS

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